Ministra afirma que ter presidente do BC nomeado por governo anterior gera estresse em sessão no Senado.
A ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, reiterou a importância da autonomia do BC nesta terça-feira (2) diante das críticas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ao chefe do banco, Roberto Campos Neto. Tebet enfatizou que é fundamental garantir a autonomia do BC para a estabilidade econômica do país, mesmo diante de eventuais discordâncias políticas.
Além disso, a ministra destacou a necessidade de fortalecer a independência do BC e a liberdade do BC em suas decisões, a fim de assegurar a credibilidade das políticas monetárias. É essencial que o Banco Central atue de forma independente, sem interferências externas, para promover a confiança dos investidores e a solidez do sistema financeiro nacional.
Autonomia do BC: Ministra critica tempo de presidente de um Banco Central anterior
A ministra expressou sua opinião sobre a autonomia do BC, destacando que questionou a extensão do mandato do presidente de um Banco Central em um governo anterior. Para ela, um ano seria mais do que suficiente para o presidente se adequar e passar o bastão, evitando assim possíveis estresses e ruídos no processo.
Durante sua participação em uma sessão no Senado, a ministra enfatizou a importância de garantir a independência do BC e sua liberdade de atuação, ressaltando que a instituição não deve estar a serviço do mercado, mas sim cumprir seu papel na política monetária do país. Essa visão foi compartilhada pelo ex-presidente Lula, que também defendeu a autonomia da instituição.
Lula destacou em uma entrevista à rádio Sociedade, de Salvador, que o Banco Central pertence ao Estado brasileiro e não deve se submeter aos interesses do sistema financeiro. Ele enfatizou que o presidente do BC deve atuar de forma imparcial, sem viés político, para garantir a estabilidade econômica e o controle da inflação.
Apesar de reconhecer que o atual presidente do BC, Campos Neto, tem um viés político em sua gestão, Lula ressaltou que é preciso respeitar o mandato do presidente e aguardar o término para indicar um substituto. A discussão sobre a autonomia do BC e a atuação de seus presidentes em relação ao governo e ao mercado financeiro continua sendo um tema relevante no cenário político e econômico do país.
Fonte: @ CNN Brasil
Comentários sobre este artigo